Agente de IA - GEO e AEO: As IAs Generativas Viraram o Marketing do Avesso
- Jefferson Andrade
- 10 de mai.
- 3 min de leitura
As IAs Generativas Viraram o Marketing do Avesso”, sim — mas esse “avesso” revela novas oportunidades. O quanto antes você estruturar a sua operação com o uso de Agentes de IA, governança e dados estará pronto para surfar as próximas ondas de inovação e consolidar sua vantagem competitiva no mercado digital.
De fato, estamos em um momento de ruptura: as IAs generativas e os fluxos de automação deixaram de ser simples “ferramentas de apoio” para se tornarem agentes autônomos, reescrevendo todo o ecossistema de marketing digital. O tradicional funil de vendas e as práticas consolidadas de SEO e engajamento orgânico já não nos atendem, obrigando os profissionais de marketing a repensar cada etapa da jornada do cliente.

1. Do SEO ao GEO e AEO - Agente de IA
A forma como usuários buscam e consomem informação mudou radicalmente. Hoje, termos o Generative Engine Optimization (GEO) e o Answer Engine Optimization (AEO), pois não basta mais estar bem ranqueado no Google: é preciso ser uma fonte de verdade que as IAs consultam para gerar respostas diretas.
ChatGPT e Gemini já entregam “resumos” dentro dos próprios resultados, o que está sendo chamado de zero-click searches — consultas que não geram cliques em sites, mas sim exibem a resposta na própria interface.
Impacto no tráfego: páginas otimizadas para IA (machine-readable, alta velocidade de carregamento) passam a ter prioridade sobre conteúdos desenhados para experiência humana.
Mudança de mindset: o website deixa de ser “destino” e vira “fonte de dados” para agentes autônomos.
2. Adoção em massa e resultados tangíveis
Não se trata de experimentação isolada. Segundo a pesquisa The State of AI da McKinsey, 78% das organizações já usam alguma forma de IA, sendo que 71% delas adotam GenAI (Inteligência Artificial Generativa) em pelo menos uma função de negócios — o marketing aparece entre as mais frequentes.
Segundo a Capgemini (Multinacional de Consultoria, Serviço e Tecnologia da Informação), 82% das empresas planejam implantar agentes de IA nos próximos 3 anos.
A Deloitte, outra multinacional de consultoria em serviços financeiros e estratégicos, afirma que 25% das empresa que já fazem uso de IA Generativa, até o final de 2025, terão implementados Agentes de IA e que até 2027, metade das empresas já terão migrado para esse modelo.
3. Seis tendências de curto e médio prazo
De acordo com a Gartner, há seis tendências que irão ditar o marketing em 2025.
GenAI como núcleo operacional: novas funções (e cargos) de IA-ops, demandando governança interna e frameworks de compliance.
Martech composable: conjunto de tecnologias voltadas para marketing, em arquitetura modular, que permita trocar e integrar ferramentas de IA conforme surgem inovações. Destaque para automações como N8N, Maker e Zapier.
Privacy-led personalization: personalização hipersegmentada em conformidade com regulações de dados (LGPD, GDPR).
Experiências imersivas: uso de AR/VR combinado a campanhas de performance e engajamento.
Attribution em tempo real: multidimensional e automatizada, reforçando multi-touch attribution via fluxo contínuo de dados.
Reestruturação de talentos: squads multidisciplinares (marketing, TI e compliance) e novos perfis como cientistas de dados de marketing.
4. As três ondas futuras
Ainda estamos apenas no começo. Ao menos três ondas de transformação ainda estão por vir:
Agentes Autônomos de Marketing: bots que planejam, executam e otimizam campanhas end-to-end (de ponta a ponta), alocando verba em tempo real, otimizando orçamento, criando e ajustando criativos conforme performance.
Essa semana Mark Zuckerberg (CEO da Meta, empresa proprietário do FacebooK, Instagram e Whatsapp) vazou a informação que estão construindo o que ele chamou e Infinity Creative, um agente de IA embarcado na plataforma de anúncios da Meta que seria capaz de criar e gerir todos os anúncios das empresas.
Ecossistemas Conversacionais: chatbots e assistentes de vóz se tornam canais prioritários, exigindo roteiros de conversational commerce (uma fusão do e-commerce com os modelos de chat como plataformas de interação) e otimização de diálogos.
Governança Ética de IA: construção de frameworks para transparência algorítmica, auditoria de vieses e relatórios de decisão automatizada — imprescindível para sustentar a confiança do público.
5. O que podemos fazer?
Para não ficar para trás, é fundamental:
Mapear e revisar sua martech stack (Estrutura de Tecnologia de Marketing), priorizando APIs abertas e modularidade.
Investir em qualidade de dados, criando pipelines robustos para alimentar modelos de IA com dados limpos e representativos.
Definir KPIs que vão além de cliques e ROI, incorporando métricas de visibilidade em respostas de IA, share of voice em GEO/AEO e satisfação em conversas automatizadas.
O marketing digital não está apenas mudando — ele está sendo reescrito por novas inteligências. Quem dominar os fundamentos de GEO, AEO e Agentes Autônomos agora, terá uma década de vantagem competitiva.
E você, já está redesenhando sua operação para a era dos dados e da IA generativa?
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